terça-feira, 19 de abril de 2011

No momento em que meus olhos deixaram de captar o significado de tudo a minha volta, abateu-se em mim um desconfortante desinteresse pelas pessoas do meu convívio.Decidi então começar ali a rever o que se passa na minha história ao longo desses anos, para ver se chegaria à um parecer um pouco mais palpável sobre a sociedade em que vivemos.Cansada de tomar estes da mão de grandes mestres da literatura, resolvi entender mais de mim mesma do que analisá-los incansavelmente a procura de respostas.
Respostas...Não, não são elas que pretendo dar aqui a você, quem sou eu para lhe tirar o prazer de uma das melhores sensações já criadas pelo nosso modo de agir e de pensar racionalmente: a procura, a curiosidade, a mãe de todas as invenções, a indignação com o desconhecido, a sede pelo saber. Isso caro amigo, é um direito seu, ainda mais se tratando de uma auto descoberta.Como posso analisá-lo se não sou você?! Não, isso nem Freud explica, e olha que ele era craque nisso.Machado que me desculpe, mas nem o seu realismo me faz, hoje, enxergar o real que me cerca.Quem sabe mais pra frente.
Portanto, antes de querer conhecer o próximo, comece conhecendo a si mesmo.Lhe garanto que a partir dessa nova experiencia, ficará bem mais fácil observar aquele ao seu lado.Mas, o aviso é claro, não se iluda ao achar que com o tempo seu diagnóstico fica cada vez mais preciso, pois se há algo pro qual nós já temos a resposta é: sim, o ser humano é imprevisível.

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